Me surpreendi hoje, bebendo aquilo que parecia acido de concreto, me surpreendi mais ainda em ver que outros tomavam golinhos simplesmente para molhar a língua ou pra sentir o esquenta, eu não, bebi meia dose sem ao menos fechar os olhos, me senti confortável com isso, não por beber sem fazer cara feia, mas de ver que ela não parecia tão forte como há cinco meses, não que isso seja algo para se orgulhar, mas sim pelo fato de conseguir degustar a bebida que era tão temida que só de sentir seu cheiro já dava impressão de que poderia incendiar a casa inteira. A bebida me levou a outro nível, me vi em uma tormenta de risos e gargalhadas ouvindo histórias inusitadas, não sei se foi a tão potente tiquira, mas os risos pareciam mais suaves, mais naturais, de um jeito que só vi acontecer quando vejo meus irmãos, depois de anos bebendo diversas coisas ainda me surpreendo como a bebida é uma semeadora da felicidade, mesmo que momentânea.
Não sou adicto antes que as mas línguas comecem a falar simplesmente gosto da sensação de procurar belezas nos cantos da vida, é uma sensação tão extasiante e surpreendente como o samba, como os originais do samba diziam “minha beleza eu encontro no samba que faço, minha tristeza se torna um alegre cantar...”.
E depois de tudo aquilo no dia seguinte me surpreendo novamente, e o pior, com uma simples pergunta que teve que ser repetida três vezes. . .”eu faço parte da sua família?”. Vendo tudo o que se passou em 2 dias a única coisa que eu consigo pensar é “humph. . .pode sim,bem vinda a minha família, malóquinha”
Nenhum comentário:
Postar um comentário